António Carneiro, pintor e desenhador eminente, nasceu na freguesia de S. Gonçalo em 16 de Setembro de 1872 e faleceu em 31 de Março de 1930. Fez o curso da Escola de Belas Artes do Porto e da Academia Julien, de Paris, onde foi discípulo de Benjamim Constant e J. Paul Laurens.
Deixou uma vastíssima obra que o afirmou como um dos maiores pintores portugueses do seu tempo. Ficaram célebres os seus retratos a sanguínea, que fez tomando como modelo os vultos mais representativos da intelectualidade portuguesa da época. Aguarelista de larga técnica de mancha, pintor de óleo pujante e conhecedor de todos os segredos da técnica, deixou quadros magníficos e decorações soberbas, como a do tecto da sala de leitura da Bolsa do Porto ou as do Palácio Baraona, em Évora. Representado em múltiplos museus, são célebres quadros seus como: “Camões lendo os Lusíadas aos frades de S. Domingos”; “A fonte do bem”; “Ecce Homo”, “A Ceia” e “O Baptismo de Cristo”. O Museu Municipal Amadeo de Souza-Cardoso consagrou-lhe uma sala, onde estão expostos vários quadros de sua autoria.