Filho de João Maria Pinheiro Torres e de Margarida Francisco da Silva Pinheiro Torres, Alexandre Pinheiro Torres nasceu na freguesia de São Gonçalo, concelho de Amarante, a 27 de Dezembro de 1923.
Bacharel em Ciências Fisico-Químicas pela Universidade do Porto e licenciado em Ciências Histórico-Filosóficas pela de Coimbra, cedo se destacou como intelectual avesso à ditadura de Salazar.
Seria, porém, na década de 60 que começaria a distinguir-se como ensaísta e, sobretudo, como crítico, tornando-se famosa a sua coluna no Diário de Lisboa.
Em 1965 é nomeado membro do Júri do Grande Prémio de Ficção atribuído pela Sociedade Portuguesa de Escritores e propõe a atribuição de tal prémio ao livro Luanda, de Luandino Vieira, que à data estava preso no Tarrafal, acusado de terrorismo. A proposta colheu votos favoráveis do Júri, facto que conduziu à prisão do proponente e de outros quatro elementos do júri. A partir dessa data passa a ser ainda mais perseguido pelo regime salazarista.
Nesse ano recebe vários convites para ir dar aulas no estrangeiro. Acaba por aceitar o da Universidade de Cardiff, no País de Gales. Mais tarde veio a tornar-se catedrático de Literatura Portuguesa em Universidades inglesas, só voltando a Portugal de passagem ou em férias.
Durante a sua vida foi distinguido com vários prémios dos quais se destacam: Prémio de Poesia da Associação Portuguesa de Escritores; Prémio de Ensaio Jorge de Sena da Associação de Escritores e Prémio de Ensaio Ruy Belo. Foi eleito membro da Academia Maranhense de Letras de São Luís do Maranhão, no Brasil e recebeu ainda o título de Cidadão Honorário de São Tomé e Príncipe.
Colaborou em várias: a Seara Nova, a Gazeta Musical e de Todas as Artes, O Jornal de Letras e Artes, entre outras. Alguma Biografia:Poesia: “Novo Génesis”, 1950; “A Voz Recuperada”, 1953; “A Terra do Meu Pai”, 1972; “A Flor Evaporada”, 1984; “O Mundo em Equação”, 1967; “O Neo-Realismo Literário Português”, 1977; “Ensaios Escolhidos I”, 1989; “Ensaios Escolhidos II”, 1990. Romance: “A Nau de Quixibá”, 1977; “Espingardas e Música Clássica”, 1987;”O Adeus às Virgens”, 1992; “A Quarta Invasão Francesa”, 1995; “Amor, Só Amor, Tudo Amor”, 1999.